RBRH

Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources

VOLUME: 20 - JUL/SET - 2015   Mais volumes...

ISSN: 2318-0331

Avaliação das modificações hidrológicas ocorridas na Estação de Porto São José, situada em um trecho do rio Paraná regulado por Usinas Hidrelétricas

Autores

Luiz Henrique Maldonado, Paulo Everardo Muniz Gamaro, Jéssica Martins Dos Santos

Resumo

As Usinas Hidrelétricas (UHE) possuem importante representação no cenário energético brasileiro, sendo a base para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Entretanto, uma das consequências das operações das UHEs são as alterações dos regimes hidrológicos naturais dos sistemas fluviais, tanto à montante quanto à jusante da barragem. Em vista disso, o presente trabalho faz uma análise das possíveis alterações hidrológicas em uma estação fluviométrica situada à jusante de UHE, baseando-se em campanhas de campo, como medições de vazão realizadas no período de 1965 a 2014, levantamentos batimétricos e serie histórica de nível d-água. Os resultados obtidos para a Estação de Porto São José (PSJ), no rio Paraná, situada 30km à jusante das UHE Porto Primavera e UHE Rosana, indicam a ocorrência de um processo de erosão na seção de PSJ, com um aumento da área molhada de 28% e redução da velocidade média de 20%. Em vista destas alterações, foi determinada uma nova curva-chave para condição de escoamento permanente e foi identificada e corrigida a condição de escoamentos não permanentes (histereses) em PSJ. Assim, considerando o somatório das defluências das UHEs como referência, a tabela de calibragem indica desvios mensais de -500 m³.s-1, a curva-chave para escoamento permanente desvios de -90 m³.s-1 e a curva-chave para escoamentos não permanentes desvios de-75 m³.s-1. Apesar da curva-chave para escoamento permanente apresentar pequenos desvios mensais (-90 m³.s-1), em função da demanda energética diária as defluências das UHEs ocasionam desvios horários em PSJ de +640 a-610 m³.s-1 (média de 17 m³.s-1). Assim, a regularização das vazões no trecho do rio Paraná ocasionou alterações de variáveis hidrológicas e hidráulicas em PSJ (e.g., área, velocidade, escoamento para condição não permanente) e que puderam ser corretamente representadas pelas curvas-chave definidas por contínuas campanhas de campo.

Palavras-chave

Usinas hidrelétricas. Curva -chave. Histerese

Authors

Luiz Henrique Maldonado, Paulo Everardo Muniz Gamaro, Jéssica Martins Dos Santos

Keywords

Usinas hidrelétricas. Curva -chave. Histerese

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