VOLUME: 19 - JUL/SET - 2014 Mais volumes...
ISSN: 2318-0331
Papel da Maré e da Descarga Fluvial na Circulação do Estuário do Rio Araranguá
Autores
Guilherme Algemiro Manique Barreto, Carlos Augusto Franca Schettini
Resumo
O estuário do Rio Araranguá é um sistema altamente estratificado que recebe o aporte da drenagem ácida decorrente da atividade de mineração e processamento de carvão, cujo efeito é o de acelerar a decantação dos sedimentos transportados em suspensão. Com o objetivo de compreender melhor os processos de transporte neste estuário, dados de nível da água, velocidade e direção de correntes em dois pontos ao longo do estuário foram registrados durante um período de cerca de 100 dias, entre junho e setembro de 2009. Durante este período a descarga fluvial foi baixa a maior parte do tempo, ocorrendo somente um pulso fraco de 120 m3s-1 e um pulso forte de 900 m3s-1, ambos de curta duração. Os dados foram analisados então para três condições distintas: baixa descarga, pulso fraco de descarga e pulso forte de descarga. O estuário do rio Araranguá pode ser categorizado como um sistema dominado por eventos de descarga de curta duração, apresentando um modelo de comportamento similar ao descrito para o estuário do Rio Itajaí-Açu e outros sistemas do litoral sul do Brasil. As marés não desempenham um papel relevante como determinante da hidrodinâmica. Durante os período de baixa descarga fluvial a hidrodinâmica é regida pelo ajuste baroclínico, apresentando a camada superior ativa em função da descarga fluvial, e a camada de fundo semi-estática com velocidade baixa para montante. Após pulsos fracos de descarga fluvial ocorre a intensificação da circulação gravitacional. Durante pulsos fortes de descarga a hidrodinâmica passa a ser determinada pelo regime barotrópico fluvial.
Palavras-chave
hidrodinâmica, regime hidrológico, estratificação
Authors
Guilherme Algemiro Manique Barreto, Carlos Augusto Franca Schettini
Keywords
hidrodinâmica, regime hidrológico, estratificação
732 419